Marte pôde abrigar vulcões gigantes no princípio de sua formação, segundo uma investigação publicada nesta quarta-feira na revista britânica "Nature", que pode ajudar a entender a evolução climática do planeta vermelho.
O estudo, dirigido por Joseph Michalski, do Instituto de Ciência Planetária de Tucson, nos Estados Unidos, indica que crateras de formato irregular localizadas na Arábia Terra, uma região elevada de Marte, são uma província vulcânica não reconhecida até agora. Michalski e outros pesquisadores do instituto estudaram a topografia do planeta a partir de dados obticos com a ferramenta laser conhecida como Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), posta em órbita a bordo da nave Mars Global Surveyer, e também com informação coletada pela nave espacial Mars Express. Segundo a interpretação dos cientistas, estas crateras corresponderiam a vulcões similares aos supervulcões que se produziram na Terra, como é o caso do Yellowstone National Park, no oeste dos EUA.
O estudo, dirigido por Joseph Michalski, do Instituto de Ciência Planetária de Tucson, nos Estados Unidos, indica que crateras de formato irregular localizadas na Arábia Terra, uma região elevada de Marte, são uma província vulcânica não reconhecida até agora. Michalski e outros pesquisadores do instituto estudaram a topografia do planeta a partir de dados obticos com a ferramenta laser conhecida como Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), posta em órbita a bordo da nave Mars Global Surveyer, e também com informação coletada pela nave espacial Mars Express. Segundo a interpretação dos cientistas, estas crateras corresponderiam a vulcões similares aos supervulcões que se produziram na Terra, como é o caso do Yellowstone National Park, no oeste dos EUA.
Yellowstone ocupa uma área de 8.900 quilômetros quadrados
formada por lagos, cânions, rios e montanhas, e constitui a área de maior
altitude da América do Norte e a maior caldeira de supervulcão. Michalski disse
a Agência Efe que o descobrimento foi há dois anos e desde então trabalha para
avaliar melhor a geologia da zona de Arábia Terra. Segundo o cientista, estes
vulcões gigantes "provavelmente se formaram no primeiro bilhão de anos da
história de Marte, que tem 4,5 bilhões de anos, como a Terra". As características
das crateras da Arábia Terra indicam que provavelmente se formaram devido a uma
erupção de enormes proporções, como no caso dos supervulcões terrestres,
afirmam os especialistas. Além disso, os materiais vulcânicos achados na região
poderiam ter origem nessas gigantescas erupções, que teriam modificado o clima
marciano, ressalta o estudo. A atividade vulcânica já era sugerida como fonte
de alguns depósitos detectados em Marte, mas até agora não havia uma fonte
vulcânica identificável. Michalski
explicou que os cientistas já sabiam da formação de vulcões em Marte, mas este
estudo se refere a outro tipo de atividade vulcânica. "São vulcões muito
explosivos, que estão entre os mais antigos de Marte", indicou. Os
cientistas consideram que estes novos estudos podem ajudar a entender a
atividade vulcânica em Marte e seu clima.